PREFEITO DA CACHOEIRINHA É AFASTADO EM INVESTIGAÇÃO DE DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS.



Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul afastou do cargo, nesta quinta-feira (30/09), o prefeito de Cachoeirinha Miki Breier (PSB) em investigação sobre desvio de recursos públicos. Além dele, o secretário da Fazenda e outros seis integrantes do Poder Executivo foram afastados pelo prazo mínimo de 180 dias.

Em publicação em uma rede social, o prefeito informou que está tomando todas as providências para esclarecer e se defender da decisão judicial. "Aliás, sou eu o maior interessado que tudo seja esclarecido em sua plenitude. Tenho convicção de que, ao final, a verdade irá prevalecer".

Por meio de nota, a prefeitura informou que vai adotar todas as recomendações judiciais, tais como suspensão e revisão de contratos questionados. O vice-prefeito Mauricio Medeiros (MDB) assume a gestão municipal a partir desta quinta.

A operação do Ministério Público e órgãos de segurança do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério Público de São Paulo, cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em endereços em Cachoeirinha, Gravataí, Charqueadas, Porto Alegre e nas cidades paulistas de São Paulo e Itu.

Entre os endereços estão as sedes da Prefeitura Municipal de Cachoeirinha, de três empresas que prestam serviços para o município e residências de agentes políticos, servidores públicos e empresários.

São investigados crimes de corrupção ativa e passiva, responsabilidade, desvio de verba pública, dispensa indevida de licitação, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O MP também estabeleceu a proibição de contato entre investigados e desses com servidores públicos e empresários, a proibição de acesso dos agentes públicos afastados e empresários à sede da Prefeitura Municipal e a suspensão imediata dos contratos emergenciais referentes aos serviços de coleta manual e mecanizada de resíduos sólidos urbanos firmados com o município de Cachoeirinha e de proibição de contratação das empresas investigadas com aquele município.

Segundo o Ministério Público, as evidências dão conta de que tenha ocorrido desvio milionário de renda pública, estimado em 45% dos valores contratados, envolvendo os serviços de limpeza urbana, conservação e manutenção de próprios e logradouros públicos a partir do ano de 2017 até maio de 2021.

A investigação também aponta tentativa de direcionamento da contratação dos serviços de disponibilização de ecopontos, coleta, transporte e destinação final de carcaças de animais mortos, remoção de colônias de abelhas, maribondos, vespas e outros e destinação dos resíduos do cemitério; contratação com dispensa indevida de licitação dos serviços de coleta manual e mecanizada de resíduos sólidos urbanos a partir do ano de 2019 e tentativa de direcionamento de processo licitatório para a contratação dos serviços de manutenção da malha viária, drenagem pluvial e rede cloacal.

A prefeitura de Cachoeirinha já havia sido alvo de operação contra os mesmos crimes em junho deste ano. Na época, a administração municipal informou que abriu processo de contratação emergencial de nova empresa para prestar os serviços de limpeza urbana, conservação, manutenção de próprios e logradouros públicos. (G1/RS)
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