GOVERNADOR EDUARDO LEITE APRESENTA MUDANÇAS NO PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO


O governador Eduardo Leite (PSDB) realizou, nesta quarta-feira (09/10), mais uma rodada de conversações com representantes do funcionalismo público estadual. Entre as principais medidas, está o fim dos adicionais por tempo de serviço, equiparação com o piso nacional e a divisão da categoria em cinco níveis com seis classes.

Foram quase duas horas de conversa. Os representantes do magistério afirmaram que vão estudar o plano em detalhes, mas criticaram as alterações na contribuição previdenciária e no fim das gratificações acumuladas. A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, diz que vai tentar demover o governo de algumas propostas. "Como está, é perda de direitos."

O plano apresentado por Leite inclui acabar com os adicionais por tempo de serviço para o funcionalismo, pagar o piso nacional das carreiras a todos os professores e dividir a categoria em cinco níveis com seis classes.

Um professor com nível médio na classe A, num contrato de 20 horas, recebe R$ 630,00. Pela proposta, passa a receber o piso nacional: R$ 1.278,00. Na outra ponta, um professor com Doutorado na classe F, o último degrau da carreira, e com contrato de 40 horas, recebe R$ 3.780,00. O salário passaria para R$ 3.887,00.

"Os professores não aguentam mais a situação atual dos seus salários, falta de reajuste, em um baixo nível salarial. Pois bem, quem trouxe os professores até essa condição não foi a proposta do governo. Quem trouxe os professores até essa condição foi a estrutura atual de planos de carreira e de pagamento de servidores do estado, que foram demandando aportes em gratificações que se incorporam, em vantagens temporais, e fizeram com que o estado não tivesse qualquer perspectiva de promover sequer a reposição inflacionária. É por isso que precisamos reformar", afirma o governador Eduardo Leite.

"Tu vais pagar o piso, mas o piso passa a ser teto. O professor que ganha R$ 630,00 vai ganhar R$ 1.260,00. Mas o que eles fazem? Pegam tudo que é triênio, que é promoção, tudo o que já tem, põe para dentro do piso, e pagam o piso com o teu dinheiro", avalia a presidente do Cpers. "Saímos mais preocupados que entramos. É o fim da carreira", completa.



Veja algumas medidas propostas pelo governo:

* Fim da incorporação das funções gratificadas nas aposentadorias de todos os servidores;

* Fim do abono-família de R$ 44,00 por dependente pago a todos os servidores. No lugar dele, entra o valor de R$ 120,00 por dependente para funcionários que ganham até três salários mínimos;

* Vale-refeição: o desconto de 6% passa a ser cobrado apenas de quem ganha acima de R$ 1.996,00.
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