MORREU ZÉ DO CAIXÃO


O cineasta paulistano José Mojica Marins, que ficou conhecido mundialmente pelo personagem Zé do Caixão, morreu nesta quarta-feira (19/02), aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia. Ele deixa uma obra de mais de 40 filmes como diretor e mais de 60 produções como ator, entre curtas-metragens, longas, documentários e séries. 

Seu último trabalho na direção foi em "Memórias da Boca" (2015), que reuniu episódios de vários realizadores. Na mesma época, foi visto atuando em "Entrando numa roubada", de André Moraes, estrelado por Deborah Secco. Nos últimos anos, vivia recluso em São Paulo, já com a saúde debilitada.

Foi durante um pesadelo, sonhado no início de 1963, que o inferno acenou pela primeira vez para Marins. O diretor tinha então 27 anos e já contabilizava dois longas-metragens em seu currículo: o faroeste “Sina de aventureiro” (1957) e o drama “Meu destino em suas mãos” (1961). No sonho, ele era arrastado para uma cova por um homem todo de preto, que tinha seu rosto.

Ao despertar assoberbado, com a imagem daquele sujeito na cabeça, ele criou um dos personagens mais famosos da história do cinema brasileiro: o coveiro Josefel Zanatas, conhecido (e temido) ao longo de seus 51 anos de existência pela alcunha de Zé do Caixão. E com ele, a produção audiovisual do Brasil abria os olhos para um dos filões mais populares da ficção: o horror, gênero no qual Mojica virou um mestre, dirigindo e atuando.

"Quando despertei do pesadelo, no comecinho de 1963, a ideia do Zé já estava definida, e então comecei a correr atrás de sobras de negativo em estúdios de São Paulo, como a Vera Cruz e a Maristela, para poder filmar uma história em que aquele homem procurava a mulher ideal para ser a mãe de seu filho", contou Mojica ao jornal O Globo em 2013. 
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