O CANTOR CÉSAR OLIVEIRA É O PATRONO DOS FESTEJOS FARROUPILHA/2019



O cantor César Oliveira, que faz dupla com Rogério Melo, foi escolhido como Patrono dos Festejos Farroupilha/2019.  O tema escolhido para esta edição do evento, que será realizado por todo o Rio Grande do Sul no mês de setembro, será o legado do tradicionalista Paixão Côrtes, que faleceu no ano passado, aos 91 anos. As comemorações começaram oficialmente em 16 de agosto, com o acendimento da Chama Crioula, em Tenente Portela.

Aos 49 anos de idade, César Oliveira foi anunciado pela Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas. A escolha chegou em hora propícia: César Oliveira e Rogério Melo comemoram 20 anos de dupla em 2019, com 11 discos e três DVDs gravados. Sem o companheiro, Oliveira tem ainda sete discos solo. O último lançamento da dupla é "Devoção", de 2016 – mas, ainda no primeiro semestre deste ano, devem lançar "Na Essência", disco que marcará as duas décadas de carreira.

Nascido em Itaqui mas com boa parte da vida em São Gabriel e com uma carreira que abrange, além da música, a apresentação do reality show Desafio Farroupilha, na RBS TV, César ainda atua no fomento e na disseminação – principalmente para as novas gerações – da cultura tradicionalista. Recentemente, ao lado de Rogério Melo, lançou um vlog (espécie de diário em forma de vídeo) no canal da dupla no YouTube, no qual apresenta a rotina artística e mesmo pessoal da dupla, principalmente na estrada. Para ele, os mais jovens são parte essencial na manutenção do folclore gaúcho, algo que considera imprescindível: "Precisamos abraçar e trazer o jovem para o Movimento – diz o músico, que fala sobre a emoção de ser escolhido patrono da Semana Farroupilha".

Perguntado sobre quando recebeu a notícia de que havia sido escolhido Patrono da Semana Farroupilha. Ele responde que: "Estava na estrada, saindo de um show em Santa Maria, e recebi a ligação da Beatriz Araújo, secretária de Cultura do Estado, junto com o pessoal do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Me senti lisonjeado. Eu, que vivi minha vida inteira dentro do Movimento, não só na música... Com 16 anos, eu já era ativo em entidades, principalmente na 18ª Região Tradicionalista. Fiquei surpreso, claro, porque conheci pessoas emblemáticas, que têm extremo merecimento. Antes de ser convidado, fui consultado, e nem achava que era o momento, não consigo me ver nisso, ainda que saiba que nosso trabalho é grandioso. Tem tantas pessoas que se doaram tanto. Mas, se me acham merecedor, eu aceito. Imaginava que chegaria no final da minha vida sem isso".

E prossegui dizendo: "Eu e o Rogério Melo nos criamos nas invernadas. No nosso tempo, o Movimento era outro. As coisas mudaram, mas aquele pensamento que tínhamos lá atrás, de voluntariado, de doação pessoal, permanece intacto. Sempre consideramos o movimento algo de suma importância. Tudo necessita de uma evolução, mas sem perder a essência. É um momento em que precisamos abraçar e trazer os jovens para o movimento. Sempre fomos referenciais na questão cultural, e hoje temos uma cultura de globalização gigantesca que se alimenta da cultura de raiz, e isso estabelece uma luta, que precisa ser travada de maneira saudável, com equilíbrio e bom senso: normas devem existir, diretrizes também, mas temos de ter o hábito do convencimento. O jovem precisa estar convencido e seguro em depositar sua confiança dentro de algo que é fundamental para ele. Ser nascido no Rio Grande do Sul é DNA, não tem como renegar. (Diário Gaúcho)
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